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Mostrando postagens de abril, 2015

INSÔNIA

Ana Paula Da janela do meu quarto ouço a conversa da turma do cachorro quente. Enquanto os moradores da minha rua tentam dormir, os bagunceiros fazem questão de serem ouvidos! Pensem num povinho desocupado! As gargalhadas são tão altas que estremecem os vidros das janelas. As músicas que eles ouvem é de um mau gosto surreal! Pus algodão nos meus ouvidos, liguei o ar no máximo, fiz relaxamento e nada! Quem disse que eu consegui dormir? Passei a noite toda virando de um lado para o outro da cama, feito uma tapioca numa frigideira quente. Que pesadelo! Digam-me quem em sã consciência conseguiria dormir ao som dessa balbúrdia? Não sei o que é pior, se é a algazarra dos notívagos ou a voz de taquara rachada do cantor Pablo. Perdoe-me, mas canções bregas não embalam meu sono. Meu Deus, passei uma noite na sofrência!

SOU PARAENSE, SOU PAPA-CHIBÉ

Jerusa Nina Quando desço do avião em Belém, um forte sentimento que me aflora a alma assim que bato os olhos nos anúncios dos pontos turísticos é: “estou em casa”. Não que o Rio de Janeiro também não seja meu lar. Depois de tantos anos até poderia parecer ingratidão com a cidade maravilhosa, a qual amo de paixão.  Acontece que quando chego ao aeroporto da cidade onde nasci e fui criada, tenho a mesma sensação que muitos de nós nutrimos pela casa de nossos pais depois que casamos. Aquele saudosismo que nos dá a certeza de que sempre seremos bem-vindos. Como todo paraense que vive fora do Pará, morro de saudade da minha comida regional. Sinto falta de degustar um Tacacá bem quente às cinco da tarde, de tomar um açaí com farinha de tapioca logo depois do almoço e de dormir na rede, para completar. Sinto saudade da maniçoba, do caruru, do vatapá, dos variados sorvetes da Cairu e da pupunha melada na manteiga comida quente com o café com leite da tarde. Não precisa de p