INSÔNIA
Ana Paula
Da janela do meu quarto ouço a conversa da turma do cachorro quente. Enquanto os moradores da minha rua tentam dormir, os bagunceiros fazem questão de serem ouvidos! Pensem num povinho desocupado! As gargalhadas são tão altas que estremecem os vidros das janelas. As músicas que eles ouvem é de um mau gosto surreal! Pus algodão nos meus ouvidos, liguei o ar no máximo, fiz relaxamento e nada! Quem disse que eu consegui dormir? Passei a noite toda virando de um lado para o outro da cama, feito uma tapioca numa frigideira quente. Que pesadelo! Digam-me quem em sã consciência conseguiria dormir ao som dessa balbúrdia? Não sei o que é pior, se é a algazarra dos notívagos ou a voz de taquara rachada do cantor Pablo. Perdoe-me, mas canções bregas não embalam meu sono. Meu Deus, passei uma noite na sofrência!
Que pesadelo! Quem já não passou uma noite assim? Texto curto, direto, objetivo e claro. Dá para sentir a "sofrência" na pele.
ResponderExcluirTexto que permite ao leitor sentir todo o "desespero" do autor que, em uma noite, depois de tanto tentar dormir, parece, ao final, estar desolado.
ResponderExcluirElisa
Curto, ágil,visual e nervoso o teu relato Ana Paula, e bastante plausível...
ResponderExcluirMaria Júlia
Texto ágil mesmo. A autora transmite sua angústia de forma bastante eficiente. Acho o parágrafo único uma ousadia!
ResponderExcluirVaneska