A CAIXA PRETA DA MEMÓRIA
Maria Júlia Abro novamente a caixa preta da memória, a portadora de reminiscências da infância e juventude, repleta de fitinhas, laços, bijuteria, velhas fotos, retalhos, objetos, coisas que me fazem recordar perfumes, comidas, sabores, música, festa, gestos, frases. Ditos e feitos de pessoas que já se foram. As lembranças não aparecem em ordem cronológica nem são coesas. É que não há muita coerência na vida. O ser humano, dizem as más línguas, é um dos animais menos harmoniosos que habitam o planeta. Esse pensamento não pretende ser original, é apenas uma óbvia constatação do que se vê por aí.Pois bem, pode até não haver coerência, mas minha memória sabe selecionar. Então, prefiro encaixotar só o que foi bom, doce, alegre, gostoso, engraçado. Lá dentro estão as lembranças de alguns tios - os tios e tias que tanto enfeitam a nossa infância. Os primos, alguns sapecas, outros sérios demais. Um ou outro professor, pois sempre houve um que ensinou e nos marcou. Sem f...
Eliane, você nos surpreende sempre; sim, um ano bastante triste.
ResponderExcluirM.´Júlia
Não há melhor síntese.
ResponderExcluirVaneska
Não há melhor síntese.
ResponderExcluirVaneska