DOIS MESES
Maria Júlia
Pois é,
Já era novembro mas a linda árvore do parque continuava amarela teimando em não soltar suas folhas, insistindo em permanecer outonal, fazendo bem em não entregar os pontos. Lá fora os ventos uivantes já sopravam e a escuridão se instalava- cedo demais talvez- em certos lugares da Terra.
E chegou dezembro, assim tão rapidamente, com suas prendas, convívio, excesso de consumo e ritos que se perdem nos tempos. Melancólico e alegre, como sempre.
Vida que segue com a pergunta: o que estará arquitetando o novo ano? Quanto tempo de incerteza, desconcerto e sofrimento para o nosso Brasil?
Ao longe, uns prematuros Papais Noeis de galocha acompanhados de coros de anjos de asfalto gelado. A profusão de mensagens reiterando amor, afeto, solidariedade, manifesta, de certa forma, a carência da nossa época.
Pois é Júlia. Se por aí o outona ainda persistia, por aqui o verão tardou chegar. Esse não é definitivamente um ano típico.
ResponderExcluirVocê resumiu bem o clima do "dezembro": um tempo em que tudo é excessivo, inclusive, paradoxalmente, a carência.
Vaneska
Pois é Júlia. Se por aí o outona ainda persistia, por aqui o verão tardou chegar. Esse não é definitivamente um ano típico.
ResponderExcluirVocê resumiu bem o clima do "dezembro": um tempo em que tudo é excessivo, inclusive, paradoxalmente, a carência.
Vaneska
A melancolia presente no texto da mais solar d@s escrevinhador@s reflete bem o momento em que estamos vivemos. Pois é, Júlia...
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