OS HOMENS E SUAS PAIXÕES
Ana Paula Cruz
Geraldo era um rico fazendeiro de uma cidadezinha do interior. Um senhor distinto e muito respeitado no meio rural onde vivia. Casado há mais de 40 anos com a mesma mulher, ele dizia que vivia um eterna lua de mel com sua patroa. Ele costumava viajar muito, sempre a trabalho. O que ninguém sabia, era o fato de que Geraldo gostava de viver suas aventuras fora de casa. Nas cidades por onde passava, tinha a fama de ser galanteador, ou melhor ''véi enxerido'' como muitas moças costumavam chama-lo. Ele era vidrado por um rabo de saia, e pasmem, só se interessava por mulheres jovens.
Numa bela manhã de sábado, Geraldo estava pronto para mais uma viagem, arrumou suas malas, deu um beijo na patroa e seguiu seu caminho. Ao chegar no seu destino final, ele encontrou a sua paquera preferida: Ritinha. Ela é a dona da pensão onde Geraldo costumava se hospedar. Quando ele a viu, mal conseguiu tirar os olhos de seu decote. Ela vestia um vestido vermelho curto e justo. deixando transparecer suas belas formas. Geraldo não sabia bem o porquê, mas tinha uma verdadeira adoração por vestidos vermelhos. Eles já flertavam havia muito tempo, mas nunca chegavam as vias de fato. Nesse dia, ele tomou coragem, e a convidou para sair.
Ela hesitou um pouco, porém acabou aceitando o convite. Ritinha é casada, no entanto, esse fato nunca a impediu de viver plenamente seus namoricos fora do casamento. Enquanto Geraldo estava interessado apenas numa noite de amor, Ritinha queria ganhar vantagens as custas do velho. Pois bem, eles marcam no mesmo dia, num motel nas redondezas da cidade. Ele escolheu a suíte presidencial para impressioná-la e ela pareceu gostar da surpresa. Geraldo não via a hora de possuir Ritinha em seus braços.
Ele pede 5 minutos a ela para se preparar. Vai até o banheiro e ingere dois comprimidos de estimulante sexual de uma vez só. O velho ficou tinindo! Assim que saiu do banheiro, agarrou Ritinha e os dois começaram a namorar. De repente, Geraldo começou a suar e pediu uma pausa. Ele ficou branco, gelado, babou, tremeu e por fim desmaiou nos braços de Ritinha. Ela ficou desesperada e chamou os funcionários do motel. O gerente e uma camareira constataram que Geraldo estava sem pulsação e chamaram o SAMU. Os enfermeiros da ambulância tentaram reanima-lo sem sucesso e comprovaram sua morte.
Ritinha queria ir embora, pois um escândalo envolvendo seu nome seria o fim de seu matrimônio. O gerente do motel a impediu de sair, ela implorou, mas ele disse que ela só sairia de lá, quando a polícia chegasse. Meia hora após o ocorrido, a porta do motel estava tomada de gente, todos queriam entender o que havia acontecido com Geraldo e Ritinha. Ela não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha que sentia. No fundo ela compreendeu que seria difícil retornar a sua rotina normalmente.
Como já era de se imaginar, o casamento de Ritinha acabou de vez, na verdade a relação sempre andou mal das pernas. A viúva de Geraldo ficou descompensada ao descobrir as traições do marido. Ela resolveu se vingar, arrumou um namorado mais jovem, e passou a usufruir com ele a fortuna que Geraldo deixou para ela. O pobre do Geraldo, nem em seus piores pesadelos, imaginou que sua fissura por vestidos vermelhos, rabos de saia e uso indiscriminado de estimulante sexual acabaria por leva-lo a óbito.
Eu achei a historia divertida principalmente pela forma que é contada, num tom bem coloquial. A historia em si é banal mas fica interessante contada assim como se fosse uma fofoca de comadres.
ResponderExcluirPicante e colorida, imaginei o protagonista de cabelo pintado para parecer mais jovem. E a Rita é a cara de uma recepcionista que eu conheço. Muito divertida!
ResponderExcluirUma crônica leve do cotidiano, contada den forma coloquial.
ResponderExcluirM. Júlia
História em tom real e humano, com personagens que fazem parte do cotidiano, sem floreios.
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