O MAL AMADO
Sonia Andrade A noite quente, sem brisa para amenizar o calor, era um convite ao ar condicionado. Depois de um dia inteiro de visita aos pontos turísticos da cidade, seria preciso desfrutar de uma noite tranquila na temperatura amena, climatizada. Exaustos, dormimos profundamente, alheios aos ruídos externos. Acordamos tarde, de olho no relógio, a tempo de não perder o café da manhã, um dos pontos fortes do hotel. Tudo parecia igual ao dia anterior, até o momento em que olhei pela janela e percebi algo estranho. -- O que está acontecendo aqui? -- O quê?- ele perguntou, tentando entender a pergunta. -- Parece incêndio. Tem uma escada de bombeiros encostada à parede do hotel – esclareci. Ele pareceu não acreditar. Como já diziam os antigos, onde há fumaça, há fogo. E não havia sinal de fogo por perto. Saímos do quarto e, no corredor, encontrei vários bombeiros rindo, animadamente. A cau...